terça-feira, 30 de julho de 2013

A Problemática do Futebol em Angola (Caso Concreto na Selecção Nacional)


ÍNDICE

 

DEDICATÓRIA                                                                      2

AGRADECIMENTOS                                                            3

INTRODUÇÃO                                                                       4

CAPÍTULO I – A PROBLEMÁTICA                                              5

1.1.                   Formulação Do Problema                                         5

1.2.                  Importância do Estudo                                                         7

1.3.                  Objectivos do Estudo                                                  8

1.3.1.           Objectivos Gerais                                                                 8

1.3.2.           Objectivos Específicos                                                 8

1.4.                  Formulação das hipóteses                                          9

1.5.                  Delimitação e limitação do Estudo                             9

CAPÍTULO II- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA                 10

2.1. Definição de Termos e conceitos                                               10

2.2. Fundamentação teorica                                                    11

2.2.1. O futebol                                                                        11

2.3. A importância da Psicologia no Desporto                        12

2.4. Selecção Nacional. Uma forma

de subsistência dos jogadores                                                 14

2.5. Factor dinheiro na boa prestação de uma selecção                  15

2.6. A influência da idade no futebol                                       16

2.7.  Revisão Bibliográfica                                                      16

CONCLUSÃO                                                                         18

BIBLIOGRAFIA                                                                     19

 

 

 

 

 

DEDICATÓRIA

Este trabalho é dedicado a todos nossos familiares e pessoas intimamente ligadas às nossas vidas, que no período de desenvolvimento deste trabalho nos ajudaram com paciência, carinho e compreensão, demonstrando que a superação nos momentos difíceis vale a pena, por estarmos ao lado de quem realmente se importa com nosso sucesso.






















AGRADECIMENTOS

A Deus Pai Todo Poderoso, pela sua graça e Protecção. Ao professor Eugénio Tomé, pela orientação e pelo constante estímulo transmitido durante todo o trabalho. Agradecemos pela colaboração do IMNE MARISTA que disponibilizou diversos materiais, viabilizando a elaboração deste trabalho.
Aos profissionais do sector que dedicaram parte de seu tempo para nos transmitir os conhecimentos necessários. Dentre eles, agradecemos ao
Técnico Zeca Gamboa, Ninoy Zola e Manzueto Dos Santos.
Aos amigos, familiares, colegas de trabalho e de Escola e a todos que colaboraram directa ou indirectamente com a execução deste trabalho.



















INTRODUÇÃO

Neste trabalho de Investigação Científica vamos abordar sobre o Futebol em Angola, de como tem actualmente pondo as diferenças evidentes e os principais factores que se têm contra pondo no bem-estar deste.
O contexto desportivo, hoje em dia, obriga a uma cada vez maior especialização, tanto ao nível dos praticantes, como dos recursos humanos envolventes. A perspectiva do desporto como mais um elemento do quotidiano desapareceu. O desporto, tal como outras áreas (empresarial, cultural, social, etc.), entrou na era da cientificidade. Ou seja, tudo aquilo que se perspective como ideal para a optimização do rendimento e bem-estar poderá ser aplicado ao desporto.
No mundo do futebol há muitos factores, que quando mal geridos, identificam-se como grandes inimigos para o sucesso da actividade. Desta forma procuraremos buscar as referidas respostas e possíveis soluções para dar vida à nossa pesquisa.
É comum dizer-se que Angola tem um encanto especial para o futebol. Mesmo quem nunca cá esteve idealiza ritmos, sabores e o diferente formas do futebol; sabe que as pessoas têm mais verdade e as oportunidades estão ao virar da esquina. Convencionou-se mais recentemente falar de Angola como país de futuro, de um futuro que nasceu de um passado cravejado de feridas de guerra, mas ainda assim promissor.
O presente trabalho está estruturado de acordo com duas instâncias fundamentais (correspondentes aos seus dois capítulos):
No primeiro capítulo (enquadramento teórico da temática) faz-se referência a situação do tema no que se refere à sua percepção e observação no senso comum. 
No segundo capítulo (clarificação de conceitos) é indicado ao esclarecimento de termos que se identificaram como chaves para a relação de pais e filhos.

CAPÍTULO I – A PROBLEMÁTICA

1.1.                   Formulação Do Problema

Os problemas que dizem respeito ao futebol angolano têm preocupado bastante a nossa sociedade e os amantes da modalidade rainha.
Afirma – se que os principais problemas com que o futebol angolano se depara, que se arrasta faz tempo e que interfere no nível da Prestação da Selecção Nacional, está ligada a fraca qualidade de alguns jogadores que actuam no estrangeiro, com destaque para a Europa.
Conta – se com os dedos da mão a quantidade de jogadores angolanos que conseguem impor – se em equipas da primeira divisão dos campeonatos europeus, onde o nível de competitividade é de reconhecida qualidade devido a má orientação e acompanhamento de que são alvos por parte de seus agentes, na maioria estrangeiros que se preocupam antes de tudo em embolsar as respectivas comissões.
Em função do que atrás está escrito, uma significativa quantidade de jogadores angolanos vêm – se obrigados a optar por equipas da 2ª ou 3ª divisão, os quais nem sempre são bem sucedidos, ao serem sempre postos no banco de suplentes ou mesmo não são convocados para os jogos.
Alguns futebolistas nacionais têm sido alvos de alguns clubes europeus, é necessário que os Agentes FIFA nacionais, embora ainda adormecidos consigam enquadrar – se no mercado Internacional, onde, de certeza além e melhores condições de trabalho e de desenvolvimento profissional, factores que influenciam de forma positiva no desempenho das selecções nacionais.
Aida que aconteçam transferênciasde atletas a custo zero, o que tem aumentado um pouco por todo o lado, o que implica que não beneficiam de respectiva comissão financeira, em geral, estipulada a 10%b do montante envolvido. O Agente deve manter a sua condição de profissional, acompanhando o negocio até a sua concretização, o que em muitos casos não acontece. Não apenas no que se refere a legislação e fiscalização da obrigatoriedade dos clubes nacionais, principalmente os da primeira divisão, de completarem nos seus organigramas os escalões etários (iniciados, infantis, juvenis, júnior e sénior). As condições de trabalho (Técnicos capacitados, campos e material desportivo aceitáveis) adequadas. O Executivo,nestecaso  FAF, por intermédio das estruturas do Ministério da Juventude e Desporto, é chamado a desempenhar um papel mais actuante.
Costumamos a verificar que a Selecção Nacional de Angola tem estado a trocar sempre de Técnico, podemos afirmar, sem medo de errar que o conhecimento mútuo entre Técnico e Jogador é um papel muito importante para a obtenção de bons resultados. Com base neste aspecto temos visto que os Treinadores fazem contratações para a Selecção Nacional absurdas, quando tinha de convocar um jogador mais experiente convoca outro pouco experiente. E todo mundo sabe que os Técnicos que têm estado a alcançar bons resultados na Selecção Nacional são os Técnicos Angolanos, sendo assim, o que acima  foi descrito comprova – se. Uma vez  que tais Técnicos sabem qual é a realidade do Futebol Nacional e também conhecem o comportamento e desempenho dos jogadores Nacionais. A Psicologia do Desporto nos ensina que tal conhecimento mútuo é um processo que não se alcança a curto prazo, mas sim a longo prazo.
O futebol angolano carece de boa organização. São precisas boas infra-estruturas, mas também pessoas competentes para dirigir essas infra-estruturas. Falta capacidade às pessoas que estão à frente dos clubes. Muitos miúdos vão treinar sem comer e não estudam. Saindo do treino, vão para a rua[1].
África é um mar de exemplos que podem ser aproveitados pelos angolanos. Entre outros, convém recordar o facto de o Governo do Gana ter autorizado a construção no seu território, pelo Manchester United da Inglaterra, de uma Academia regional, cujo objectivo consiste em pesquizar e fazer a triagem de crianças e adolescentes de vários países africanos, para receberem formação nas escolas do Clube na Cidade de Londres.
As Federações do Gana e Nigéria, por intermédio das homoglas do Reino Unido e dos Países Baixos, possuem convénios com o Manchester United e Ajax de Amsterdão, que se traduzem no envio de crianças e adolescentes para as respectivas academias, onde para alem da vertente futebolístico – desportista e porque o vector idioma assim o permite, dão continuidade aos estudos académicos por intermédiode bolsas de estudo consignadas em tais acordos[2].
Neste particular, os agentes FIFA nacionais são também chamados a Intervir.
Perante esse quadro, colocamos as seguintes questões:
ü Quais os factores que estão na base dos maus resultados do futebol nacional?
ü Só os Técnicos Nacionais conseguem alcançar bons resultados?
ü Apenas os jogadores bem formados academicamente conseguem se enquadrar na Selecção Nacional?
ü Qual é o papel que os Agentes FIFA Nacionais para a sondagem de jogadores para a Selecção Nacional?

1.2.                  Importância do Estudo

É bastante desconfortável saber que o nosso futebol vai de mal a pior, então surge-nos o interesse de saber os verdadeiros factores que estão na base desta mudança brusca.
Estudar a problemática do futebol angolano é bastante importante, quando estamos inseridos numa sociedade especificamente no Marçal onde os jovens têm forte inclinação à prática da modalidade. É muito preocupante estudar o futebol angolano porque este se encontra em grande declínio.
Pretendemos com este trabalho abrir um espaço de reflexões acerca do futebol nacional, que muito tem preocupado os profissionais ligados directa ou indirectamente a esta área.
Os leitores, tembém terão noção do dinamismo dos empresáriosdo mundo do futebol, pelo facto de o desporto, principalmente a “modalidade rainha”constituium negócio que envolve montantes financeiros elevados.
Nossa inquietação a respeito desse tema é que tem – se visto notavelmente que o futebol Nacional está a cair em declínio, e este factor condiciona de forma muito grande a prestação da Selecção Nacional. Pensamos que este estudo pode servir de bases para discussões acerca do porquê que o patamar do futebol angolano estar tão baixo, mesmo quando temos tido muitas infra – estruturas desportivas, mais motivação nos jovens e crianças para jogar futebol, visto também que trata – se da modalidade rainha.
Hoje em dia todo mundo quer saber da realidade desportiva em geral e em especial ao futebol. A mesmo tempo que interessam –se em saber qual a realidade do futebol do país. Com este, pretendemos levar dar a sociedade ideias oureflexões acerca de como está o Futebol Nacional, o porquê dos maus resultados e principalmente o que se está a fazer para atenuar tal situação.

1.3.                  Objectivos do Estudo

Sabemos que não existe Trabalho Científico sem Objectivos, deste modo, expressaremos os Objectivos concernentes as exigências deste trabalho. Para o estudo que pretendemos concretizar, elaboramos os seguintes objectivos:

1.3.1.           Objectivos Gerais

ü Compreender a problemática da situação actual do futebol em Angola.
ü Procurar bases solidas para atenuar a situação actual do futebol em Angola.

1.3.2.           Objectivos Específicos

ü Apresentar questões relativas ao melhoramento do nosso futebol;
ü Identificar os problemas do futebol angolano;
ü Apresentar soluções referentes aos problemas do futebol Nacional;
ü Valorizar os talentos do futebol Nacional.

1.4.                  Formulação das hipóteses

Todo projecto de pesquisa deve apresentar uma ou mais hipóteses que formam possíveis soluções para o problema delimitado e formulado. Desta forma, escolhemos as seguintes hipoteses para o nosso problema:

A falta de formação desportivo – pedagógico como também académica dos jogadores nacionais têm gerado os maus resultados;
H1: Falta de oportunidades aos jogdores talentosos;
H2: Alguns dos agentes dos nossos jogadores não se interessam com o contrato a custo zero, visto que não se beneficiarão em dinheiro;
H3: Só os jogadores com formação académico – desportiva conseguem alcançar bons resultados;
H4: A relação Técnico – Jogador é um papel primordial para a obtenção de bons resultados;
H5: É mais eficaz manter um Técnico Nacional no comando da Selecção Nacional e mais desastroso manter um Técnico Estrangeiro.

1.5.                  Delimitação e limitação do Estudo

A limitação do presente estudo está relacionada aos erros que podemos cometer involuntariamente, tendo em conta as técnicas utilizadas na colheita dos dados, cingimos – nos na unidade de 25 elementos, a jovens dos 18 aos 35 anos de idade.
Por este motivo gostaríamos antecipadamente de pedir aos nossos leitores que considerem os resultados com toda cautela cientifica.
Delimitamos os nossos estudos no escalão sénior do futebol angolano e trabalhamos com pessoas referentes a este escalão, sendo eles a população alvo do nosso estudo.

 

 

 

CAPÍTULO II- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1. Definição de Termos e conceitos

- Equipa, é o termo utilizado para caracterizar um grupo de pessoas que se junta para alcançar um objectivo em comum.
Equipa é um pequeno grupo de pessoas com habilidades complementares, que trabalham juntas com o fim de atingir um propósito comum; pelo qual se consideram colectivamente responsáveis. (TAHAN, 1967. p112).
- Desporto é a prática de exercícios próprios para desenvolver o vigor e a agilida.
Desporto é um elemento cultural diferenciado, com grande abrangência e dependênciais, é componente da cultura universal que alia a saúde à alegria. (FLÁVIO, 1988, p223).
- Futebol, é um desporto de equipe jogado entre duas equipas de 11 jogadores cada um e um árbitro que se ocupa da correta aplicação das normas.
Futebol é o desporto mais popular do mundo. Possui papel fundamental na sociedade capitalista, movimentando trilhões de dólares por ano. Cada vez mais, esse desporto internacional ganha novos adeptos, aumentando a atenção da mídia e o interesse de uma infinidades de pessoas do mundo inteiro. (WAHL, 2002, p39).
- Futebolista é aquele que prática o futebol em qualquer das formas.
Futebolista como sendo o profissional cujo ofício é a prática do desporto colectivo do futebol. Estes trabalhadores são contratados por clubes de futebol e, por depender do dispêndio físico, têm carreiras de curta duração. (ROBERTO, 2007, p150).
- Jogo, associa – se a este termo como sendo toda e qualquer actividade em que exista a figura do jogador (como indivíduo praticante do jogo) e para ele, são criadas as regras que podem ser para ambiente restrito ou livre.
Jogo é a actividade recreativa em que participa(m) um ou mais participantes. A sua principal função consiste em proporcionar entretenimento, lazer e diversão, embora também possa assumir um papel educativo. (PEDRO, 2009, p23).
- Treinador é o indivíduo responsável pela coordenação e direcção das actividades de uma equipa ou de apenas um atleta.
Treinador como uma figura essencial na vida de qualquer atleta e, muitas vezes, tem a responsabilidade de os preparar psicologicamente. Não duvidemos de que o treinador tem que saber muito de psicologia para ser bem sucedido. (PEDRO, 2004, p5).

2.2. Fundamentação teorica

2.2.1. O futebol

O futebol é hoje o desporto mais popular do mundo. São tantas as pessoas, sejam homens, mulheres, adolescentes e crianças das mais variadas idades, todos amantes do futebol, que seu número ultrapassa em muito a soma total dos envolvidos com as demais competições desportivas existentes no mundo.
Como outro referencial na valorização do futebol como desporto, vale lembrar que existem mais países filiados à FIFA, do que associados à Organização das Nações Unidas, ONU.
Na mesma linha de valorização, não se pode esquecer que o evento desportivo mais lucrativo no mundo é a Campeonato Mundial de Futebol, que ocorre de quatro em quatro anos e é acompanhada por mais da metade da população global. Esse desporto movimenta anualmente quantias imensuráveis de dólares, com contractos milionários, patrocínios, mídia, transacções de jogadores e técnicos, além de ser também fonte de referência para políticos. Por tudo isso que o futebol impacta nas diversas sociedades, pela valorização dada aos atletas nos diversos meios e pela importância dos impactos que acabam incidindo na economia de um país como o Angola, entende-se fundamental a necessidade de maior atenção aos principais actores desse negócio - jogadores de futebol - trabalhando as suas competências psicológicas, nas mais variadas funções, com diversos tipos de jogadores e suas personalidades e formação cultural. ... “Quem quer que esteja fisicamente bem preparado pode fazer coisas incríveis com seu corpo; mas quem junta a um corpo em forma e uma cabeça bem cuidada é capaz de efeitos excepcionais...” [3]
O futebol exerce fascínio sobre os torcedores, que se posicionam de diferentes formas quando vão aos estádios: alguns vão como se fossem aos campos de batalha, enquanto outros vão para um espectáculo, onde os atletas “desfilam” suas competências. Assim, o modo como os atletas se posicionam em campo, tem importante reflexo sobre os torcedores. Como exemplo, quando se consegue formar uma equipa com jogadores possuidores de “alma de guerreiro” e com qualidades físicas e psicológicas ideais, tem-se o conjunto que atrai imensa plateiaque se identifica com a sua equipa. Dificilmente se consegue um conjunto que vista essa “camisa” de luta, dedicação e empenho; a história mostra que as equipas que conseguiram unir e desenvolver essas competências fizeram grande diferença na história do futebol.
Os jogadores vão aos jogos conhecendo as exigências da sua torcida e mostram as mais variadas reacções: uns se escondem no jogo mesmo possuindo alta competência técnica, porém com baixa competência psicológica; outros se agigantam diante de suas deficiências técnicas, trabalhando melhor suas emoções.
É justamente a somatória desses aspectos psicológicos que explica o comportamento dos craques do futebol, seja pela omissão, pela coragem e pela superação, independentemente de seu talento.

2.3. - A importância da Psicologia no Desporto

Os âmbitos e contextos de prática e intervenção vão muito além do desporto de elite, ou seja, passam pelo desporto de crianças e jovens (iniciação e especialização desportiva), pelo desporto sénior, pelo desporto e actividade física de recreação e lazer, pelo desporto e actividade física de pessoas com necessidades especiais, exercício e saúde, etc. E as pessoas alvo de intervenção poderão provir dos mais variados contextos do desporto e actividade física, tais como, atletas, treinadores, dirigentes, árbitros, e os pais das crianças e jovens atletas. Estas populações têm, obviamente, características e necessidades próprias, e que a Psicologia Desportiva direcciona a intervenção também especifica para cada um destes indivíduos[4].
Cada profissão tem um potencial para gerar dificuldades ou transtornos e o futebol não foge à regra. Na formação do profissional do desporto, aspectos como insegurança, medos, ansiedades, stress e somatizações, são factores de potenciais impactos sobre o desempenho do atleta.
Quando se encara o desportista como portador de dificuldades, pode-se compreender suas disfunções próprias e suas disfunções no mundo esportivo, sendo que essa visão estende-se ao treinador da equipe onde o atleta participa.
Os factores psicológicos sãotreináveis, tais como, os factores físicos, técnicos e tácticos.
Por conseguinte, o psicólogo, tal como o preparador físico, o fisioterapeuta, o médico ou o roupeiro deverá trabalhar em consonância com o treinador. A avaliação das necessidades depende de factores situacionais que deverão ser identificados e trabalhados. Algumas das habilidades psicológicas básicas mais comummente trabalhadas directamente com os atletas são as seguintes: nível de activação, atenção e concentração, motivação e autoconfiança, controlo emocional, tomada de decisão, estratégias de confronto competitivo e relações interpessoais.
Algumas destas características poderão ser trabalhadas individualmente ou em grupo.
Por outro lado, o psicólogo poderá realizar uma intervenção indirecta. Isto é, o psicólogo intervém junto do treinador, de forma a criar um ambiente psicológico positivo, que propicie a optimização do rendimento e bem-estar da equipa. Neste caso, a intervenção dirigir-se-á para a optimização de componentes como a liderança, a comunicação, e a motivação no treinador (ex.: organização das palestras, comunicação nos treinos e jogos, relação com a imprensa, etc.)[5].

2.4. - Selecção Nacional. Uma forma de subsistência dos jogadores

Todos jogadores esperam defender bem as cores da bandeira de seus países atendendo às exigências de serem seleccionados para uma selecção, os jogadores procuram dar o seu melhor, dia pois dia, a fim de despertar atenção do público, visando uma possível convocatória do mesmo por parte do seleccionador.
Esta prática na sociedade (Africana) virou ”maninha” pois, verifica-se em muitos países de Africa, tais como: Congo, Guine Bissau, Costa do Marfim ate mesmo no nosso país.Jogadores com interesse de estar na selecção, com objectivo de ganharem fundos param a sua subsistência. Isso acontie-se, pelo facto dos nossos clubes não pagarem bem os jogadores, muitos preferem jogar fora (Europa) e quando lhes são dadas oportunidades de estar numa selecção, sentem-se muitos honrados, não pelo facto de defenderem bem as cores da bandeira em seus países mas, pelo dinheiro que lhes vão dar, a fim descobrirem algumas necessidades financeiras.
Estas práticas não são muito boas e benéficas para uma selecção que espera trabalhar em grupo e defender o nome da pátria, porque a intenção do jogador será o dinheiro, e quando as vezes falha, o jogar ficadesanimado. Portanto, antes de se ir à uma selecção cujo objectivo é contribuir para a boa prestação da selecção nos campeonatos, deve-se primeiramente pôr em causa o factor pátria, que não quer dizer que os jogadores deverão ficar privados dos seus direitos de serem bem pagos.

2.5.  Factor dinheiro na boa prestação de uma selecção

A cada dia que passa as tecnologias avançam e o mundo desportivo não podia ficar de fora. Actualmente o dinheiro ou fundo no cofre de uma selecção é muito determinante para o seu desenvolvimento em qualquer competição que a mesma for participar. Pois, as selecções precisam de um avião para fazer viagens internacionais, dinheiro para hospedarem-se em melhores hotéis, para garantirem a alimentação no seio dos atletas, para fazerem jogos de preparação com outras selecções, para comprarem bolas e outros matérias desportivos e para pagar bem os atletas, quer no salário como em prémios de jogos.
Estes valores vêm do cofre do estado de cada selecção, no entanto, uma selecção sem essas condições, actualmente não entrará preparada na competição, nem sequer para fazer jogos amistosos. Verificamos realmente no CAN de 2010, realizado em Angola a selecção do Mali com sérios problemas financeiros e por isso, tive uma prestação não muito favorável, salvo o jogo contra a selecção de Angola.

2.6.  A influência da idade no futebol

O sonho de qualquer jogador africano e não só, é jogar no velho continente (Europa), atendendo a atenção do mundo desportivo, que esta toda virada para lá, o bom pagamento de verbas mensais e o bom nome que poderá deixar ao longo dos anos. Não poderia ficar de fora as exigências em termos de idade, que já se tornou um facto. Atendendo à rapidez, experiência e a velocidade que o futebol oferece, muitos clubes preferem jovens com idade compreendidas entre os 17 anos aos 21 anos de idade.
Actualmente alaga-se que uma selecção com jogadores elevadíssimos em termos de idades causa muitas baixas e desavença futebolística.
Verificou-se no C.A.N de 2012, a Zâmbia tinha jogadores muito jovens que em campo pareciam incansáveis, já a nossa selecção com jogadores mais velhos que pareciam sem vontade de estarem em campo, pois, a resistência já não era a mesma.
Também constatava-se em muitos campeonatos, como a campeões, o gira bola (Angola)equipas com jogadores mais velhos não conseguem bons êxitos.
Angola, que teve um dissabor para os angolanos que ficou conhecido na história do futebol africano, “ o jogo do 4 a 4”. E também tivemos o privilégio de acompanhar a selecção da Zâmbia no CAN de 2012, na qual consagrou-se campeã, um investimento na parte do governo zambiano orçado aproximadamente em 100.000.000USD, para a manutenção e restauração da sua selecção, chegando mesmo a conquistar o trofeu, tantas outras também investiram e tiveram bons resultados.
Na verdade não haverá boa prestação de uma selecção numa competição actualmente sem condições financeiras. Pois, não estará preparada para acender as exigências estabelecidas. Comprova-se que o dinheiro tem uma força significativa no avanço de qualquer selecção.

2.7. Revisão Bibliográfica
Para a efectivação do nosso trabalho de investigação, consultamos várias obras de teses já defendidas e algumas obras que serviram de referência para o nosso trabalho, consultamos também alguns livros que serviram para o mesmo fim, a internet também teve um papel muito importante. O que foi descrito, serviram – nos apenas como orientação metodológica, assim sendo, eis algumas das fontes pesquisadas:
Livro de Pedro Teques, com o Título “A importância da Psicologia no Desporto”, onde aborda questões que dizem respeito a Psicologia e o Desporto, e como o primeiro pode influenciar positiva ou negativamente o segundo.
Depoimento de Sérgio Pires, dado ao Site da Angola Digital (www.angoladigital.net) acerca do Futebol Angolano.
Algum depoimento de Júlio César de Mello acerca de como ser um Bom treinador de futebol, no livro “A arte de ser um perfeito mau Treinador”.



























CONCLUSÃO

Após a análise e interpretação dos dados conseguidos que por uma serie de questões indicadas aos jogadores e técnicos de educação, concluímos que as hipóteses que foram inicialmente propostas foram confirmadas.
- A falta de formação desportivo – pedagógico como também académica dos jogadores nacionais faz com que eles obtêm pouco desenvolvimento físico, intelectual e acima de tudo profissional. Assim, pouco aprendem acerca dos métodos e procedimentos para alcançar bons resultados.
- É lamentável a falta de aposta dos clubes angolanos no futebol de formação, considerando que existe um enorme potencial a ser explorado, mas que está a ser desaproveitado.
- O futebol angolano tem todas as potencialidades para ser desenvolvido. É necessário melhorar as infra-estruturas de todas as equipas e não só de algumas. Era importante começar a pensar na formação, que é a grande pecha.
- Temos jogadores com um potencial enorme, mas com uma formação muito fraca, em termos tácticos e de organização. Enquanto o futebol angolano não apostar na formação, vai ter algumas dificuldades. No dia em que as pessoas apostarem na formação, o futebol angolano vai evoluir muito
- Desta feita, como demonstramos desde o princípio, a  formaçãoacadémico – desportiva apresenta-se como elemento essencial para o sucesso ou fracasso de qualquer equipa.






BIBLIOGRAFIA
·     BRANDÃO, M.R.F.; Machado, A.A. Colecção Psicologia do Desporto e do Exercício – Teoria e Aplicação, V. 1. São Paulo: Atheneu Editora, 2007.
·     DRUMMOND, Roberto. Uma Paixão Em Preto e Branco; Vol. Nº 1; 2007 - 1ª Ed., Editora: Editora: Leitura, 168P.
·     FERREIRA, A. B. H. Aurélio século XXI: o dicionário da Língua Portuguesa. 3. ed. rev. e ampl. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999. 2128p.
·     MANUEL, Carlos, «O Futebol angolano tem todas as Potencialidades/Carlos Manuel deu o exemplo do ASEC Mimosas, da Costa do Marfim, um clube quase exclusivamente virado para a formação e que fornece todas as condições aos jovens atletas» Sapo Desporto; 13 de Abril de 2012 21:57h. desporto.sapo.pt/futebol, consultado em 29/08/2012.
·     PIRES, Sérgio. «O Futebol angolano locomove-se a todo o vapor»; Angola Digital; 29 de Fevereiro de 2008.www.angoladigital.net, Consultado em 20/09/2012.
·     TAHAN, M. (Julio César de Mello e Souza) A arte de ser um perfeito mau Treinador. Rio de janeiro: Editora Vecchi, 1967. 122p.
·     TEQUES, Pedro. “O jogo e a Educação”. Vol. Nº 1. 2009. 2ª Edição, Porto Editora. 140p.
·     TEQUES, Pedro. “A importância da Psicologia no Desporto”. Vol. Nº 2. 2004. 1ª Edição, Porto Editora. 112p.


[1] JORNAL DE DESPORTOS, 29-04-12, p12
[2] PIRES, Sérgio. «O Futebol angolano locomove-se a todo o vapor»; Angola Digital; 29 de Fevereiro de 2008.www.angoladigital.net, Consultado em 20/09/2012.
[3] (POPOV, apud FLEURY, 1998).
[4] BRANDÃO, M.R.F.; Machado, A.A. Colecção Psicologia do Desporto e do Exercício – Teoria e Aplicação, V. 1. São Paulo: Atheneu Editora, 2007.

[5] TEQUES, Pedro. “A importância da Psicologia no Desporto”. Vol. Nº 2. 2004. 1ª Edição, Porto Editora, p29.


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