ÍNDICE
DEDICATÓRIA 2
AGRADECIMENTOS 3
INTRODUÇÃO 4
CAPÍTULO I – A PROBLEMÁTICA 5
1.1. Formulação Do Problema 5
1.2. Importância do Estudo 7
1.3. Objectivos do Estudo 8
1.3.1. Objectivos Gerais 8
1.3.2. Objectivos Específicos 8
1.4. Formulação das hipóteses 9
1.5. Delimitação e limitação do Estudo 9
CAPÍTULO II- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 10
2.1. Definição de Termos e conceitos 10
2.2. Fundamentação
teorica 11
2.2.1. O futebol 11
2.3. A importância da Psicologia no Desporto 12
2.4. Selecção Nacional. Uma forma
de subsistência dos jogadores 14
2.5. Factor dinheiro na boa prestação de uma selecção 15
2.6. A influência da idade no futebol 16
2.7. Revisão Bibliográfica 16
CONCLUSÃO 18
BIBLIOGRAFIA 19
DEDICATÓRIA
Este
trabalho é dedicado a todos nossos familiares e pessoas intimamente ligadas às
nossas vidas, que no período de desenvolvimento deste trabalho nos ajudaram com
paciência, carinho e compreensão, demonstrando que a superação nos momentos
difíceis vale a pena, por estarmos ao lado de quem realmente se importa com
nosso sucesso.
AGRADECIMENTOS
A
Deus Pai Todo Poderoso, pela sua graça e Protecção. Ao professor Eugénio Tomé,
pela orientação e pelo constante estímulo transmitido durante todo o trabalho.
Agradecemos pela colaboração do IMNE MARISTA que disponibilizou diversos materiais,
viabilizando a elaboração deste trabalho.
Aos
profissionais do sector que dedicaram parte de seu tempo para nos transmitir os
conhecimentos necessários. Dentre eles, agradecemos ao
Técnico
Zeca Gamboa, Ninoy Zola e Manzueto Dos Santos.
Aos
amigos, familiares, colegas de trabalho e de Escola e a todos que colaboraram directa
ou indirectamente com a execução deste trabalho.
INTRODUÇÃO
Neste
trabalho de Investigação Científica vamos abordar sobre o Futebol em Angola, de
como tem actualmente pondo as diferenças evidentes e os principais factores que
se têm contra pondo no bem-estar deste.
O contexto
desportivo, hoje em dia, obriga a uma cada vez maior especialização, tanto ao
nível dos praticantes, como dos recursos humanos envolventes. A perspectiva do
desporto como mais um elemento do quotidiano desapareceu. O desporto, tal como
outras áreas (empresarial, cultural, social, etc.), entrou na era da
cientificidade. Ou seja, tudo aquilo que se perspective como ideal para a
optimização do rendimento e bem-estar poderá ser aplicado ao desporto.
No
mundo do futebol há muitos factores, que quando mal geridos, identificam-se
como grandes inimigos para o sucesso da actividade. Desta forma procuraremos
buscar as referidas respostas e possíveis soluções para dar vida à nossa
pesquisa.
É comum
dizer-se que Angola tem um encanto especial para o futebol. Mesmo quem nunca cá
esteve idealiza ritmos, sabores e o diferente formas do futebol; sabe que as
pessoas têm mais verdade e as oportunidades estão ao virar da esquina.
Convencionou-se mais recentemente falar de Angola como país de futuro, de um
futuro que nasceu de um passado cravejado de feridas de guerra, mas ainda assim
promissor.
O
presente trabalho está estruturado de acordo com duas instâncias fundamentais
(correspondentes aos seus dois capítulos):
No
primeiro capítulo (enquadramento teórico da temática) faz-se referência a
situação do tema no que se refere à sua percepção e observação no senso
comum.
No
segundo capítulo (clarificação de conceitos) é indicado ao esclarecimento de
termos que se identificaram como chaves para a relação de pais e filhos.
CAPÍTULO I – A PROBLEMÁTICA
1.1. Formulação Do Problema
Os
problemas que dizem respeito ao futebol angolano têm preocupado bastante a
nossa sociedade e os amantes da modalidade rainha.
Afirma
– se que os principais problemas com que o futebol angolano se depara, que se
arrasta faz tempo e que interfere no nível da Prestação da Selecção Nacional,
está ligada a fraca qualidade de alguns jogadores que actuam no estrangeiro,
com destaque para a Europa.
Conta
– se com os dedos da mão a quantidade de jogadores angolanos que conseguem
impor – se em equipas da primeira divisão dos campeonatos europeus, onde o
nível de competitividade é de reconhecida qualidade devido a má orientação e
acompanhamento de que são alvos por parte de seus agentes, na maioria
estrangeiros que se preocupam antes de tudo em embolsar as respectivas
comissões.
Em
função do que atrás está escrito, uma significativa quantidade de jogadores
angolanos vêm – se obrigados a optar por equipas da 2ª ou 3ª divisão, os quais
nem sempre são bem sucedidos, ao serem sempre postos no banco de suplentes ou
mesmo não são convocados para os jogos.
Alguns
futebolistas nacionais têm sido alvos de alguns clubes europeus, é necessário
que os Agentes FIFA nacionais, embora ainda adormecidos consigam enquadrar – se
no mercado Internacional, onde, de certeza além e melhores condições de
trabalho e de desenvolvimento profissional, factores que influenciam de forma
positiva no desempenho das selecções nacionais.
Aida
que aconteçam transferênciasde atletas a custo zero, o que tem aumentado um
pouco por todo o lado, o que implica que não beneficiam de respectiva comissão
financeira, em geral, estipulada a 10%b do montante envolvido. O Agente deve
manter a sua condição de profissional, acompanhando o negocio até a sua
concretização, o que em muitos casos não acontece. Não apenas no que se refere
a legislação e fiscalização da obrigatoriedade dos clubes nacionais,
principalmente os da primeira divisão, de completarem nos seus organigramas os
escalões etários (iniciados, infantis, juvenis, júnior e sénior). As condições
de trabalho (Técnicos capacitados, campos e material desportivo aceitáveis)
adequadas. O Executivo,nestecaso FAF, por
intermédio das estruturas do Ministério da Juventude e Desporto, é chamado a
desempenhar um papel mais actuante.
Costumamos
a verificar que a Selecção Nacional de Angola tem estado a trocar sempre de
Técnico, podemos afirmar, sem medo de errar que o conhecimento mútuo entre
Técnico e Jogador é um papel muito importante para a obtenção de bons
resultados. Com base neste aspecto temos visto que os Treinadores fazem
contratações para a Selecção Nacional absurdas, quando tinha de convocar um
jogador mais experiente convoca outro pouco experiente. E todo mundo sabe que
os Técnicos que têm estado a alcançar bons resultados na Selecção Nacional são
os Técnicos Angolanos, sendo assim, o que acima
foi descrito comprova – se. Uma vez
que tais Técnicos sabem qual é a realidade do Futebol Nacional e também
conhecem o comportamento e desempenho dos jogadores Nacionais. A Psicologia do
Desporto nos ensina que tal conhecimento mútuo é um processo que não se alcança
a curto prazo, mas sim a longo prazo.
O
futebol angolano carece de boa organização. São precisas boas infra-estruturas,
mas também pessoas competentes para dirigir essas infra-estruturas. Falta
capacidade às pessoas que estão à frente dos clubes. Muitos miúdos vão treinar
sem comer e não estudam. Saindo do treino, vão para a rua[1].
África
é um mar de exemplos que podem ser aproveitados pelos angolanos. Entre outros,
convém recordar o facto de o Governo do Gana ter autorizado a construção no seu
território, pelo Manchester United da Inglaterra, de uma Academia regional,
cujo objectivo consiste em pesquizar e fazer a triagem de crianças e
adolescentes de vários países africanos, para receberem formação nas escolas do
Clube na Cidade de Londres.
As
Federações do Gana e Nigéria, por intermédio das homoglas do Reino Unido e dos
Países Baixos, possuem convénios com o Manchester United e Ajax de Amsterdão,
que se traduzem no envio de crianças e adolescentes para as respectivas
academias, onde para alem da vertente futebolístico – desportista e porque o
vector idioma assim o permite, dão continuidade aos estudos académicos por
intermédiode bolsas de estudo consignadas em tais acordos[2].
Neste
particular, os agentes FIFA nacionais são também chamados a Intervir.
Perante
esse quadro, colocamos as seguintes questões:
ü Quais
os factores que estão na base dos maus resultados do futebol nacional?
ü Só
os Técnicos Nacionais conseguem alcançar bons resultados?
ü Apenas
os jogadores bem formados academicamente conseguem se enquadrar na Selecção
Nacional?
ü Qual
é o papel que os Agentes FIFA Nacionais para a sondagem de jogadores para a
Selecção Nacional?
1.2. Importância do Estudo
É
bastante desconfortável saber que o nosso futebol vai de mal a pior, então
surge-nos o interesse de saber os verdadeiros factores que estão na base desta
mudança brusca.
Estudar
a problemática do futebol angolano é bastante importante, quando estamos
inseridos numa sociedade especificamente no Marçal onde os jovens têm forte
inclinação à prática da modalidade. É muito preocupante estudar o futebol
angolano porque este se encontra em grande declínio.
Pretendemos
com este trabalho abrir um espaço de reflexões acerca do futebol nacional, que
muito tem preocupado os profissionais ligados directa ou indirectamente a esta
área.
Os
leitores, tembém terão noção do dinamismo dos empresáriosdo mundo do futebol,
pelo facto de o desporto, principalmente a “modalidade rainha”constituium
negócio que envolve montantes financeiros elevados.
Nossa
inquietação a respeito desse tema é que tem – se visto notavelmente que o
futebol Nacional está a cair em declínio, e este factor condiciona de forma
muito grande a prestação da Selecção Nacional. Pensamos que este estudo pode
servir de bases para discussões acerca do porquê que o patamar do futebol
angolano estar tão baixo, mesmo quando temos tido muitas infra – estruturas desportivas,
mais motivação nos jovens e crianças para jogar futebol, visto também que trata
– se da modalidade rainha.
Hoje
em dia todo mundo quer saber da realidade desportiva em geral e em especial ao
futebol. A mesmo tempo que interessam –se em saber qual a realidade do futebol
do país. Com este, pretendemos levar dar a sociedade ideias oureflexões acerca
de como está o Futebol Nacional, o porquê dos maus resultados e principalmente
o que se está a fazer para atenuar tal situação.
1.3. Objectivos do Estudo
Sabemos
que não existe Trabalho Científico sem Objectivos, deste modo, expressaremos os
Objectivos concernentes as exigências deste trabalho. Para o estudo que
pretendemos concretizar, elaboramos os seguintes objectivos:
1.3.1. Objectivos Gerais
ü Compreender
a problemática da situação actual do futebol em Angola.
ü Procurar
bases solidas para atenuar a situação actual do futebol em Angola.
1.3.2. Objectivos Específicos
ü Apresentar
questões relativas ao melhoramento do nosso futebol;
ü Identificar
os problemas do futebol angolano;
ü Apresentar
soluções referentes aos problemas do futebol Nacional;
ü Valorizar
os talentos do futebol Nacional.
1.4. Formulação das hipóteses
Todo projecto de pesquisa deve apresentar uma ou mais hipóteses que formam possíveis soluções para o problema delimitado e formulado. Desta forma, escolhemos as seguintes hipoteses para o nosso problema:
A
falta de formação desportivo – pedagógico como também académica dos jogadores
nacionais têm gerado os maus resultados;
H1: Falta
de oportunidades aos jogdores talentosos;
H2: Alguns
dos agentes dos nossos jogadores não se interessam com o contrato a custo zero,
visto que não se beneficiarão em dinheiro;
H3: Só
os jogadores com formação académico – desportiva conseguem alcançar bons
resultados;
H4: A
relação Técnico – Jogador é um papel primordial para a obtenção de bons
resultados;
H5: É
mais eficaz manter um Técnico Nacional no comando da Selecção Nacional e mais
desastroso manter um Técnico Estrangeiro.
1.5. Delimitação e limitação do Estudo
A limitação do presente estudo está
relacionada aos erros que podemos cometer involuntariamente, tendo em conta as
técnicas utilizadas na colheita dos dados, cingimos – nos na unidade de 25
elementos, a jovens dos 18 aos 35 anos de idade.
Por este motivo gostaríamos antecipadamente
de pedir aos nossos leitores que considerem os resultados com toda cautela
cientifica.
Delimitamos os nossos estudos no escalão
sénior do futebol angolano e trabalhamos com pessoas referentes a este escalão,
sendo eles a população alvo do nosso estudo.
CAPÍTULO II- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1. Definição de Termos e conceitos
- Equipa, é o termo
utilizado para caracterizar um grupo de pessoas
que se junta para alcançar um objectivo em comum.
Equipa
é um pequeno grupo de pessoas
com habilidades complementares, que trabalham juntas com o fim de atingir um
propósito comum; pelo qual se consideram colectivamente responsáveis. (TAHAN, 1967. p112).
- Desporto é a prática de
exercícios próprios para desenvolver o vigor e a agilida.
Desporto é um elemento
cultural diferenciado, com grande abrangência e dependênciais, é componente da
cultura universal que alia a saúde à alegria. (FLÁVIO, 1988, p223).
-
Futebol, é um desporto
de equipe jogado entre duas equipas de 11 jogadores cada um e um árbitro
que se ocupa da correta aplicação das normas.
Futebol é o desporto
mais popular do mundo. Possui papel fundamental na sociedade capitalista,
movimentando trilhões de dólares por ano. Cada vez mais, esse desporto
internacional ganha novos adeptos, aumentando a atenção da mídia e o interesse
de uma infinidades de pessoas do mundo inteiro. (WAHL, 2002, p39).
- Futebolista
é aquele que prática o
futebol em qualquer das formas.
Futebolista
como sendo o profissional
cujo ofício é a prática do desporto
colectivo do futebol.
Estes trabalhadores são contratados por clubes de futebol
e, por depender do dispêndio físico, têm carreiras de curta duração. (ROBERTO,
2007, p150).
- Jogo, associa – se a
este termo como sendo toda e qualquer actividade em que exista a figura do
jogador (como indivíduo praticante do jogo) e para ele, são criadas as regras
que podem ser para ambiente restrito ou livre.
Jogo é a actividade recreativa
em que participa(m) um ou mais participantes.
A sua principal função consiste em proporcionar entretenimento, lazer e
diversão, embora também possa assumir um papel educativo. (PEDRO, 2009, p23).
- Treinador
é o indivíduo responsável pela coordenação e direcção das actividades de uma
equipa ou de apenas um atleta.
Treinador como uma figura
essencial na vida de qualquer atleta e, muitas vezes, tem a responsabilidade de
os preparar psicologicamente. Não duvidemos de que o treinador tem que saber
muito de psicologia para ser bem sucedido. (PEDRO, 2004, p5).
2.2. Fundamentação teorica
2.2.1. O futebol
O
futebol é hoje o desporto mais popular do mundo. São tantas as pessoas, sejam
homens, mulheres, adolescentes e crianças das mais variadas idades, todos
amantes do futebol, que seu número ultrapassa em muito a soma total dos
envolvidos com as demais competições desportivas existentes no mundo.
Como
outro referencial na valorização do futebol como desporto, vale lembrar que
existem mais países filiados à FIFA, do que associados à Organização das Nações
Unidas, ONU.
Na
mesma linha de valorização, não se pode esquecer que o evento desportivo mais
lucrativo no mundo é a Campeonato Mundial de Futebol, que ocorre de quatro em
quatro anos e é acompanhada por mais da metade da população global. Esse
desporto movimenta anualmente quantias imensuráveis de dólares, com contractos
milionários, patrocínios, mídia, transacções de jogadores e técnicos, além de
ser também fonte de referência para políticos. Por tudo isso que o futebol
impacta nas diversas sociedades, pela valorização dada aos atletas nos diversos
meios e pela importância dos impactos que acabam incidindo na economia de um
país como o Angola, entende-se fundamental a necessidade de maior atenção aos
principais actores desse negócio - jogadores de futebol - trabalhando as suas
competências psicológicas, nas mais variadas funções, com diversos tipos de
jogadores e suas personalidades e formação cultural. ... “Quem quer que esteja
fisicamente bem preparado pode fazer coisas incríveis com seu corpo; mas quem
junta a um corpo em forma e uma cabeça bem cuidada é capaz de efeitos
excepcionais...” [3]
O
futebol exerce fascínio sobre os torcedores, que se posicionam de diferentes
formas quando vão aos estádios: alguns vão como se fossem aos campos de
batalha, enquanto outros vão para um espectáculo, onde os atletas “desfilam”
suas competências. Assim, o modo como os atletas se posicionam em campo, tem
importante reflexo sobre os torcedores. Como exemplo, quando se consegue formar
uma equipa com jogadores possuidores de “alma de guerreiro” e com qualidades
físicas e psicológicas ideais, tem-se o conjunto que atrai imensa plateiaque se
identifica com a sua equipa. Dificilmente se consegue um conjunto que vista
essa “camisa” de luta, dedicação e empenho; a história mostra que as equipas
que conseguiram unir e desenvolver essas competências fizeram grande diferença
na história do futebol.
Os
jogadores vão aos jogos conhecendo as exigências da sua torcida e mostram as
mais variadas reacções: uns se escondem no jogo mesmo possuindo alta competência
técnica, porém com baixa competência psicológica; outros se agigantam diante de
suas deficiências técnicas, trabalhando melhor suas emoções.
É
justamente a somatória desses aspectos psicológicos que explica o comportamento
dos craques do futebol, seja pela omissão, pela coragem e pela superação,
independentemente de seu talento.
2.3. - A importância da Psicologia no Desporto
Os âmbitos e
contextos de prática e intervenção vão muito além do desporto de elite, ou
seja, passam pelo desporto de crianças e jovens (iniciação e especialização
desportiva), pelo desporto sénior, pelo desporto e actividade física de
recreação e lazer, pelo desporto e actividade física de pessoas com
necessidades especiais, exercício e saúde, etc. E as pessoas alvo de
intervenção poderão provir dos mais variados contextos do desporto e actividade
física, tais como, atletas, treinadores, dirigentes, árbitros, e os pais das
crianças e jovens atletas. Estas populações têm, obviamente, características e
necessidades próprias, e que a Psicologia Desportiva direcciona a intervenção
também especifica para cada um destes indivíduos[4].
Cada profissão
tem um potencial para gerar dificuldades ou transtornos e o futebol não foge à
regra. Na formação do profissional do desporto, aspectos como insegurança,
medos, ansiedades, stress e somatizações, são factores de potenciais impactos
sobre o desempenho do atleta.
Quando se encara
o desportista como portador de dificuldades, pode-se compreender suas
disfunções próprias e suas disfunções no mundo esportivo, sendo que essa visão
estende-se ao treinador da equipe onde o atleta participa.
Os factores
psicológicos sãotreináveis, tais como, os factores físicos, técnicos e
tácticos.
Por conseguinte,
o psicólogo, tal como o preparador físico, o fisioterapeuta, o médico ou o
roupeiro deverá trabalhar em consonância com o treinador. A avaliação das
necessidades depende de factores situacionais que deverão ser identificados e
trabalhados. Algumas das habilidades psicológicas básicas mais comummente
trabalhadas directamente com os atletas são as seguintes: nível de activação,
atenção e concentração, motivação e autoconfiança, controlo emocional, tomada
de decisão, estratégias de confronto competitivo e relações interpessoais.
Algumas destas
características poderão ser trabalhadas individualmente ou em grupo.
Por outro lado,
o psicólogo poderá realizar uma intervenção indirecta. Isto é, o psicólogo
intervém junto do treinador, de forma a criar um ambiente psicológico positivo,
que propicie a optimização do rendimento e bem-estar da equipa. Neste caso, a
intervenção dirigir-se-á para a optimização de componentes como a liderança, a
comunicação, e a motivação no treinador (ex.: organização das palestras,
comunicação nos treinos e jogos, relação com a imprensa, etc.)[5].
2.4. - Selecção Nacional. Uma forma de subsistência dos jogadores
Todos
jogadores esperam defender bem as cores da bandeira de seus países atendendo às
exigências de serem seleccionados para uma selecção, os jogadores procuram dar
o seu melhor, dia pois dia, a fim de despertar atenção do público, visando uma
possível convocatória do mesmo por parte do seleccionador.
Esta
prática na sociedade (Africana) virou ”maninha” pois, verifica-se em muitos
países de Africa, tais como: Congo, Guine Bissau, Costa do Marfim ate mesmo no
nosso país.Jogadores com interesse de estar na selecção, com objectivo de
ganharem fundos param a sua subsistência. Isso acontie-se, pelo facto dos
nossos clubes não pagarem bem os jogadores, muitos preferem jogar fora (Europa)
e quando lhes são dadas oportunidades de estar numa selecção, sentem-se muitos
honrados, não pelo facto de defenderem bem as cores da bandeira em seus países
mas, pelo dinheiro que lhes vão dar, a fim descobrirem algumas necessidades
financeiras.
Estas
práticas não são muito boas e benéficas para uma selecção que espera trabalhar
em grupo e defender o nome da pátria, porque a intenção do jogador será o
dinheiro, e quando as vezes falha, o jogar ficadesanimado. Portanto, antes de
se ir à uma selecção cujo objectivo é contribuir para a boa prestação da
selecção nos campeonatos, deve-se primeiramente pôr em causa o factor pátria,
que não quer dizer que os jogadores deverão ficar privados dos seus direitos de
serem bem pagos.
2.5. Factor dinheiro na boa prestação de uma selecção
A
cada dia que passa as tecnologias avançam e o mundo desportivo não podia ficar
de fora. Actualmente o dinheiro ou fundo no cofre de uma selecção é muito
determinante para o seu desenvolvimento em qualquer competição que a mesma for
participar. Pois, as selecções precisam de um avião para fazer viagens
internacionais, dinheiro para hospedarem-se em melhores hotéis, para garantirem
a alimentação no seio dos atletas, para fazerem jogos de preparação com outras
selecções, para comprarem bolas e outros matérias desportivos e para pagar bem
os atletas, quer no salário como em prémios de jogos.
Estes
valores vêm do cofre do estado de cada selecção, no entanto, uma selecção sem
essas condições, actualmente não entrará preparada na competição, nem sequer
para fazer jogos amistosos. Verificamos realmente no CAN de 2010, realizado em
Angola a selecção do Mali com sérios problemas financeiros e por isso, tive uma
prestação não muito favorável, salvo o jogo contra a selecção de Angola.
2.6. A influência da idade no futebol
O
sonho de qualquer jogador africano e não só, é jogar no velho continente
(Europa), atendendo a atenção do mundo desportivo, que esta toda virada para
lá, o bom pagamento de verbas mensais e o bom nome que poderá deixar ao longo
dos anos. Não poderia ficar de fora as exigências em termos de idade, que já se
tornou um facto. Atendendo à rapidez, experiência e a velocidade que o futebol
oferece, muitos clubes preferem jovens com idade compreendidas entre os 17 anos
aos 21 anos de idade.
Actualmente
alaga-se que uma selecção com jogadores elevadíssimos em termos de idades causa
muitas baixas e desavença futebolística.
Verificou-se
no C.A.N de 2012, a Zâmbia tinha jogadores muito jovens que em campo pareciam
incansáveis, já a nossa selecção com jogadores mais velhos que pareciam sem
vontade de estarem em campo, pois, a resistência já não era a mesma.
Também
constatava-se em muitos campeonatos, como a campeões, o gira bola
(Angola)equipas com jogadores mais velhos não conseguem bons êxitos.
Angola,
que teve um dissabor para os angolanos que ficou conhecido na história do
futebol africano, “ o jogo do 4 a 4”. E também tivemos o privilégio de
acompanhar a selecção da Zâmbia no CAN de 2012, na qual consagrou-se campeã, um
investimento na parte do governo zambiano orçado aproximadamente em
100.000.000USD, para a manutenção e restauração da sua selecção, chegando mesmo
a conquistar o trofeu, tantas outras também investiram e tiveram bons
resultados.
Na
verdade não haverá boa prestação de uma selecção numa competição actualmente
sem condições financeiras. Pois, não estará preparada para acender as
exigências estabelecidas. Comprova-se que o dinheiro tem uma força
significativa no avanço de qualquer selecção.
2.7. Revisão
Bibliográfica
Para
a efectivação do nosso trabalho de investigação, consultamos várias obras de
teses já defendidas e algumas obras que serviram de referência para o nosso
trabalho, consultamos também alguns livros que serviram para o mesmo fim, a
internet também teve um papel muito importante. O que foi descrito, serviram –
nos apenas como orientação metodológica, assim sendo, eis algumas das fontes
pesquisadas:
Livro de Pedro Teques, com o Título “A importância
da Psicologia no Desporto”, onde aborda questões que dizem respeito a
Psicologia e o Desporto, e como o primeiro pode influenciar positiva ou
negativamente o segundo.
Depoimento de Sérgio Pires, dado ao Site da Angola Digital (www.angoladigital.net)
acerca do Futebol Angolano.
Algum depoimento de Júlio César de Mello acerca de
como ser um Bom treinador de futebol, no livro “A arte de ser um perfeito mau
Treinador”.
CONCLUSÃO
Após
a análise e interpretação dos dados conseguidos que por uma serie de questões
indicadas aos jogadores e técnicos de educação, concluímos que as hipóteses que
foram inicialmente propostas foram confirmadas.
-
A falta de formação desportivo – pedagógico como também académica dos jogadores
nacionais faz com que eles obtêm pouco desenvolvimento físico, intelectual e
acima de tudo profissional. Assim, pouco aprendem acerca dos métodos e
procedimentos para alcançar bons resultados.
-
É lamentável a falta de aposta dos clubes angolanos no futebol de formação,
considerando que existe um enorme potencial a ser explorado, mas que está a ser
desaproveitado.
-
O futebol angolano tem todas as potencialidades para ser desenvolvido. É
necessário melhorar as infra-estruturas de todas as equipas e não só de
algumas. Era importante começar a pensar na formação, que é a grande pecha.
-
Temos jogadores com um potencial enorme, mas com uma formação muito fraca, em
termos tácticos e de organização. Enquanto o futebol angolano não apostar na
formação, vai ter algumas dificuldades. No dia em que as pessoas apostarem na
formação, o futebol angolano vai evoluir muito
-
Desta feita, como demonstramos desde o princípio, a formaçãoacadémico – desportiva apresenta-se
como elemento essencial para o sucesso ou fracasso de qualquer equipa.
BIBLIOGRAFIA
· BRANDÃO, M.R.F.; Machado,
A.A. Colecção Psicologia do Desporto e do Exercício – Teoria e Aplicação, V. 1.
São Paulo: Atheneu Editora, 2007.
· DRUMMOND,
Roberto. Uma Paixão Em Preto e Branco;
Vol. Nº 1; 2007 - 1ª Ed., Editora: Editora: Leitura, 168P.
· FERREIRA, A.
B. H. Aurélio século XXI: o dicionário da Língua Portuguesa. 3. ed. rev.
e ampl. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999. 2128p.
·
MANUEL, Carlos,
«O
Futebol angolano tem todas as Potencialidades/Carlos Manuel deu o exemplo do
ASEC Mimosas, da Costa do Marfim, um clube quase exclusivamente virado para a
formação e que fornece todas as condições aos jovens atletas» Sapo Desporto; 13 de Abril
de 2012 21:57h. desporto.sapo.pt/futebol,
consultado em 29/08/2012.
·
PIRES, Sérgio. «O Futebol angolano locomove-se a todo o
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Fevereiro de 2008.www.angoladigital.net, Consultado em 20/09/2012.
· TAHAN, M.
(Julio César de Mello e Souza) A arte de ser um perfeito mau Treinador. Rio de
janeiro: Editora Vecchi, 1967. 122p.
· TEQUES,
Pedro. “O jogo e a Educação”. Vol. Nº 1. 2009. 2ª Edição, Porto Editora. 140p.
· TEQUES,
Pedro. “A importância da Psicologia no Desporto”. Vol. Nº 2. 2004. 1ª Edição,
Porto Editora. 112p.
[1] JORNAL DE DESPORTOS,
29-04-12, p12
[2] PIRES,
Sérgio. «O Futebol
angolano locomove-se a todo o vapor»; Angola
Digital; 29 de Fevereiro de 2008.www.angoladigital.net, Consultado em
20/09/2012.
[3] (POPOV, apud FLEURY,
1998).
[4] BRANDÃO, M.R.F.; Machado,
A.A. Colecção Psicologia do Desporto e do Exercício – Teoria e Aplicação, V. 1.
São Paulo: Atheneu Editora, 2007.
[5] TEQUES, Pedro. “A importância da Psicologia no Desporto”. Vol. Nº 2. 2004.
1ª Edição, Porto Editora, p29.